
Toda vez que pensamos em sofrimento, logo lembramos de Jó; grande foi a sua aflição, sua medida foi transbordante! Nosso profeta pregou muitas mensagens sobre Jó e seu sofrimento, foram tantas que uma mulher na época o criticou por deixá-lo tanto tempo “nas cinzas”, e louvado seja Deus por isso! Quem já foi abençoado e ajudado pelas palavras de consolo encontradas nesses divinos sermões? Quantas vezes nos vemos em grande sofrimento e problemas e não sabemos o que fazer? Então, com fé na Palavra extraímos o poder necessário para vencer através de um parágrafo como esse:
E às vezes nós temos mais problemas quando nos tornamos um cristão do que quando éramos pecadores. E claro está escrito: “Muitas são as aflições dos justos, mas Deus o livra de todas.” Deus prometeu muitas aflições, sentimentos estranhos, e coisas estranhas que estariam além de nosso entendimento, mas isto sempre é feito para nosso bem. Apenas não podemos entender isto porque se nós o fizéssemos, então não seria assunto de fé para nós; nós iríamos com um conhecimento. Mas nós o fazemos, e nós o temos, e nós cremos pela fé em Sua Palavra, porque vai contribuir para o nosso bem. Se nós pudéssemos agarrar isto hoje, nesta - esta manhã. Se nós pudéssemos compreender que todos nossos problemas ... E não há nenhum de nós que está imune deles. E se pudéssemos perceber que aquelas coisas são para nosso bem... (Mensagem EU SEI, W. M. BRANHAM, 1960, p. 15)

Jó experimentou o sofrimento em todas as áreas de sua vida: na saúde, nas finanças, na família, no seu companheirismo e na sua fé. Sim, porque foi acusado por seus amigos de ser um “pecador secreto”. As críticas, acusações e incompreensões faziam parte daquela medida, mas, será que seus amigos poderiam “beber aquele cálice”? Jó teve sua estrutura, tanto física, emocional e espiritual preparada para aquele sofrimento, sorveu sua medida como um fiel e verdadeiro crente e nos deixou pegadas para seguirmos enquanto peregrinamos nos labirintos desse mundo. Na sequência da mesma mensagem:
Está escrito em uma das Escrituras na Bíblia, que: “As provas que vem sobre nos, são mais preciosas do que o ouro, por isto Deus está nos dando estás provas”. Depois de nos tornarmos propriedade Dele, nossa confissão, nosso batismo, e nossa promessa de caminhar na vida por Ele, então toda prova que vir sobre nós é para nos aperfeiçoar para Sua glória. Isto nos traz a um lugar onde Deus pode fazer-Se mais real para nós do que Ele era antes de vir a prova. Eu quero unir-me a Jó esta manhã, e dizer que eu tenho vivido tempo suficiente para saber que isto é a verdade. Eu tenho visto isto na minha própria vida, que toda vez que uma grande situação surge, que eu não tenho para onde ir, nem para baixo, nem para cima, Deus faz um caminho, e o fim e glorioso. Eu apenas gostaria de saber como Sua graça sempre faz isto, mas Ele o faz. E lembre-se, em todas estás coisas Satanás tenta nos deixar nervosos, e agitados, que nos leva a pensar: “Oh, por que isto aconteceu? Por que não poderia ter sido desta maneira?” (Mensagem EU SEI, W.M. BRANHAM, 1960, P. 16)
e nas escrituras de Romanos 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”, e I Pedro 1.7: “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” são palavras maravilhosamente consoladoras quando cridas e aceitas com revelação, e com essa consciência de fé podemos prosseguir aprendendo cada dia a exercitar a paciência na tribulação (vê Romanos 5.3 e 4), e assim a Palavra achar lugar de cumprimento em nós (Lucas 21.19).
Nosso profeta também teve sua medida de sofrimento bem cheia, principalmente quando perdeu sua primeira esposa e filha, porém, diferentemente de Jó, ele sabia que Deus o estava castigando por sua desobediência, enquanto Jó tinha certeza que havia “preenchido todos os requisitos”. O sofrimento é uma proveitosa e privilegiada oportunidade para avaliarmos nossa conduta com Deus, um excelente momento para fazermos reflexões e ponderações, porque muitas vezes estamos por demais folgados, acomodados e mesmo entusiasmados e isso estorva uma profunda consideração dos fatos; então, a Grande Águia Mãe agita o ninho para termos o aprendizado de voar, de crescer, de ter uma experiência com Deus. O profeta nos ensinou que “caráter é uma vitória”, e é adquirida na fornalha do sofrimento. A escritura de Romanos 8.17 nos diz: “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”, e no livro Uma Exposição das Sete Eras da Igreja, os olhos de Deus nos esclarece:
A menos que padeçamos com Ele, não podemos reinar com Ele. Você tem que padecer para reinar. A razão disto é que o caráter simplesmente nunca é formado sem sofrimento. O caráter é uma VITÓRIA, não um dom. Um homem sem caráter não pode reinar, porque o poder sem o caráter é satânico. Porém o poder com o caráter é apto para governar. E uma vez que Ele quer compartilhar conosco até o Seu trono na mesma base em que Ele venceu e está assentado no trono de Seu Pai, então nós temos que vencer para nos assentarmos com Ele. E a pequena aflição temporária que sofremos agora não é para comparar com a tremenda glória que em nós há de ser revelada quando Ele vier. Oh, que tesouros estão armazenados para aqueles que estão dispostos a entrar em Seu reino através de muita tribulação. (A ERA DA IGREJA DE ESMIRNA, W.M. BRANHAM, 1960, p. 97)
Independente das causas e razões do sofrimento (o que não é nosso assunto), quer seja por prova, ou castigo e até mesmo fardos que são capturados com as próprias mãos e levado para o habitat da pessoa (o típico sofrimento que poderia ser evitado), são muitas perguntas, muitos porquês que surgem nesse momento doloroso e é compreensível devido até mesmo a grandiosidade e peculiaridade de algumas aflições, alguns sofrimentos são tão enigmáticos em seu percurso e desfecho, que não vamos obter respostas para eles desse lado de cá da eternidade, e nessas horas precisamos urgentemente e rendidamente confiar na sabedoria e soberania do nosso Deus. É comum nesses momentos surgirem comparações, tais como: “parece que fulano de tal sofre mais que outros”, “parece que o meu problema é o maior do mundo, maior que o do meu irmão...”. Determinadas comparações não são bem vindas, nem sábias e nem boas, e nesse caso aqui, são péssimas! Deus tem uma medida para cada um e jamais nos deixará sofrer acima do que podemos suportar; sua fidelidade sempre proverá um escape (I Coríntios 10.13). Nesse ensejo podemos falar de Tiago e João, os filhos do trovão, quando impulsivamente fizeram aquele pedido a Jesus em Mateus 20.20-28, e no decorrer da conversa Jesus perguntou se eles estavam prontos para beber do seu cálice e ser batizados com o batismo que logo viria (isso foi uma figura de linguagem que expressava o sofrimento e morte que Ele teria), o qual prontamente disseram sim, mas na verdade não estavam! Somente depois do Pentecostes foram capacitados para tal sofrimento, tanto que Tiago foi o primeiro apóstolo a ser martirizado (Atos 12.2), portanto, primeiro tiveram que passar por um processo de condicionamento espiritual para verdadeiramente beberem aquele cálice; todos nós conhecemos que João tomou o seu na Ilha de Patmos.

Nosso Mestre e Senhor Jesus Cristo foi o único digno de tomar o mais terrível e incomparável cálice, foi um cálice de fel (e pensar que Ele tomou o nosso lugar!), uma medida que excedeu todos os limites, abrindo assim um caminho da terra até o céu para todos peregrinos sofredores que estiverem dispostos a caminhar nas “pegadas ensanguentadas da cruz”. Jesus sabendo o que lhe esperava conseguiu expressar pouco antes disso uma das palavras mais poderosas e encorajadoras da Bíblia: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (S. João 16:33). Mais adiante vemos o sofrimento de Paulo quando ele disse que com alegria cumpria no seu corpo o resto das aflições de Cristo (Colossenses 1.24); de acordo com a referência da bíblia King James, Paulo não estava dizendo que havia alguma falta no sacrifício expiatório de Cristo. Pelo contrário, o apóstolo estava reafirmando seu compromisso em cumprir sua cota de sacrifício como cristão. E como verdadeiros cristãos, não teríamos nós também uma cota de sacrifício, uma medida de sofrimento na continuidade e testemunho do Evangelho para o qual fomos chamados? Encontramos uma importante lição na vida de Paulo, ele encontrou alegria e gozo em meio ao sofrimento (II Coríntios 12.10), porque primeiro ele descobriu o propósito do seu chamado e em tudo ele dava graças. Saber agradecer em qualquer ocasião, sejam quais forem as circunstâncias é um tremendo poder que destranca as bençãos do céu. E o sofrimento continuou eras a dentro como companhia constante dos cristãos primitivos onde milhares e milhares deram suas vidas por amor ao evangelho, e essa lista cresceu muito mais na longa e tenebrosa Era das Trevas, a Era de Tiatira, onde o trabalho para o Senhor e a fé não foram interrompidos, a despeito dos cruéis sofrimentos, os cristãos sentiam gozo em sofrer e consideravam-se privilegiados por tal, porque ansiavam as glórias prometidas do Cristo ressurreto. É importante ressaltar que a unção derramada para esses dias foi a do boi, um animal de sacrifício e de carregar cargas, por isso esse povo tão deliberadamente e corajosamente entregavam suas vidas nos martírios mais desumanos e pavorosos da história cristã; essa unção era um poder, uma força que os capacitava para tal rendição.

Agora chegou nossa vez! Os filhos de Deus desta última era também precisam, não somente experimentar, mas degustar o cálice de sofrimento desse tempo. Estamos no Éden de satanás, num mundo moribundo, disse o irmão Branham, onde o inferno subiu e sua fornalha foi aquecida sete vezes mais; sim, demônios dessa e de todas as eras estão aqui, mais de 200 milhões, diz a Bíblia. E como poderíamos vencer e suportar se não fosse pela unção do dia, A UNÇÃO DA ÁGUIA juntamente com todas as outras? Há um poder maior aqui, há uma força maior conosco! Também somos águias com olhos ungidos, com asas ungidas para serem elevadas acima dos poderes das trevas, porque a Palavra revelada e ressuscitada nos ungiu! Ou cremos nisso ou morremos! Mas isso quer dizer que não temos problemas? De jeito nenhum! Agora que temos mesmo! A fé do último povo eleito, dos últimos filhos manifestados também precisa ser provada:
“Não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar.” Isso é o que Pedro disse. É estranho que Deus queira desenvolver em nós um caráter semelhante a Cristo que venha através do sofrimento? Não, senhor. E todos nós temos provas. Todos nós somos provados e corrigidos como filhos. Não há um que não passe por isso. A igreja que não está padecendo, e não está sendo provada, não tem isto _ não é de Deus. Heb. 12: ó: “Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.”. (A ERA DE ESMIRNA, W. M. BRANHAM, 1960, p. 78-79)
Impossível enumerar (e não queremos fazê-lo) os tantos problemas e sofrimentos que temos hoje e em todos os âmbitos, tanto físico, psíquico e espiritual; esse último, muitas vezes é um tormento, devido às tantas pressões, decepções e opressões que o cristão se depara na jornada. O profeta disse que hoje chega ser pior porque nas eras passadas eles doavam suas vidas e logo estavam na presença do Senhor, mas hoje é algo mais demorado, enganoso e, consequentemente, perigoso. Qual era enfrentou o câncer e suas mutilações, a depressão e suas "mutações e variantes", as famílias destruídas de formas desastrosas pelo aglomerado de pecado, e a alma do homem seduzida e assassinada pelas milhares de portas do inferno abertas na terra, literalmente e virtualmente?

É uma era podre, fedorenta e neurótica! Mas essa é a medida desse dia. De maneira nenhuma chegaremos do outro lado com uns "arranhãozinhos"! Como disse o poeta: "Chegaremos ao céu em leitos floridos, quando muitos chegaram Lá velejando em mares de sangue?" Chegaremos com cicatrizes de batalha e teremos um testemunho para contar quando nos reunirmos com todos os santos de todas as eras no além, naquela tão esperada reunião; então, juntos e eternamente contemplaremos Aquele, a Rocha de todas as eras, não mais invisível, que virá e enxugará as lágrimas de alegria dos nossos olhos. Precisamos olhar para essas promessas com fé, com visão profética, e não "cinematográfica", fictícia; elas não são "estorinhas", mas as infalíveis palavras do Deus Vivo que nunca falhou e jamais falhará! A nossa fé precisa ser forte e sólida como as dos Heróis da Fé (Hebreus 11.1-40), que "expuseram seus troféus" com seus cálices repletos de sofrimento; certamente não entraremos nessa "galeria" de outra forma. As divinas palavras de promessas foram as vitaminas para cada um deles e deve ser para nós também. Absorvamos e vivamos os nutrientes dessa Poderosa vitamina de Vida Eterna:
Mas Deus disse que Seu amor era amor “eletivo”. A prova do Seu amor é a ELEIÇÃO - visto que não importava o que acontecesse, Seu amor era verdadeiramente comprovado pelo fato deles terem sido elegidos para a salvação (por vós ter Deus elegido para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade). Ele pode entregar você à morte como fez com Paulo. Ele pode entregar você ao sofrimento como fez com Jó. Essa é prerrogativa Dele. Ele é soberano. Mas tudo é com um propósito. Se Ele não tivesse um propósito, então Ele seria o autor da frustração e não da paz. Seu propósito é que após termos sofrido um pouco fôssemos aperfeiçoados, confirmados, fortalecidos e firmados. Como disse Jó: “Ele cuida de nós.” (Jó 23:6b) Veja você, Ele Próprio padeceu. Ele aprendeu a obedecer por aquilo que padeceu. Ele verdadeiramente foi aperfeiçoado por aquilo que padeceu. Heb. 5:8-9: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo Ele aperfeiçoado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem.” Em linguagem clara, o próprio caráter de Jesus foi aperfeiçoado pelo sofrimento. E de acordo com Paulo Ele deixou para Sua igreja uma medida de sofrimento para que eles, também, por meio de sua fé em Deus enquanto padecendo por Ele, chegassem a um lugar de perfeição. Por que Ele quis isto? Tiago 1:2-4: “Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações: sabendo que a prova da vossa fé obra a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.”. (A ERA DE ESMIRNA, W. M. BRANHAM, 1960, p. 97)
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